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Procuradoria entra na Justiça para invalidar leis que criaram cargos comissionados alvos de investigação em Piedade

Estimativa é de que ao longo desse período, R$ 14,2 milhões tenham saído dos cofres públicos para o pagamento dos funcionários. Prefeitura Municipal de P...

Procuradoria entra na Justiça para invalidar leis que criaram cargos comissionados alvos de investigação em Piedade
Procuradoria entra na Justiça para invalidar leis que criaram cargos comissionados alvos de investigação em Piedade (Foto: Reprodução)

Estimativa é de que ao longo desse período, R$ 14,2 milhões tenham saído dos cofres públicos para o pagamento dos funcionários. Prefeitura Municipal de Piedade (SP) Google Street View/Reprodução A Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), órgão superior de administração do Ministério Público Público do Estado de São Paulo (MP-SP), entrou na Justiça contra leis que criaram cargos comissionados em Piedade (SP). A ação tramita desde 16 de maio e a prefeitura e a câmara da cidade foram notificadas na quinta-feira (5). 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp O tema envolve 83 cargos comissionados da prefeitura. O MP investiga a situação desde fevereiro de 2023, após uma denúncia que afirma que o prefeito Geraldo Pinto de Camargo Filho (PSD) nomeou os servidores de forma irregular. No total, o procurador Paulo Sérgio de Oliveira e Costa pede a extinção de 12 leis da cidade, criadas entre 1993 e 2023. Os pedidos estão em uma ação direta de inconstitucionalidade, que trata especificamente de leis irregulares. Não houve pedido de liminar. A Câmara de Piedade afirmou que já prestou as informações solicitadas pela Justiça na ação. A Prefeitura de Piedade não se manifestou. Conforme apurado pelo g1, em 2021 os salários variavam de R$ 1.374,84, para o cargo de coordenador técnico, a R$ 7.230,13, para o cargo de chefe de gabinete. A estimativa é de que os 83 cargos tenham gerado um custo, em tese irregular, de mais de R$ 14,2 milhões aos cofres públicos de Piedade desde janeiro de 2021 até maio deste ano. O valor não inclui reajustes salariais nem benefícios adicionais. Dois anos de investigação Câmara de Piedade abre Comissão Processante para investigar prefeito Câmara de Piedade/Divulgação O MP está investigando a denúncia de irregularidades e inconstitucionalidade na contratação de servidores há mais de dois anos. A estimativa é de que ao longo desse período de investigação, mais de R$ 14,2 milhões tenham saído dos cofres públicos para o pagamento dos funcionários. LEIA TAMBÉM: GCM resgata filhote de cão abandonado em Sorocaba e vê filho autista criar laço e se acalmar com o animal Promessa de complexo hospitalar municipal ainda não foi cumprida e fila de espera na saúde de Sorocaba só aumenta Do total de cargos denunciados, 69 são comissionados e 14 em comissão (funções de confiança). O denunciante lembra que as contratações estavam proibidas no meio da pandemia de Covid-19. A representação ao MP fala em descumprimento da legislação federal e de normas do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). Durante o período, houve diversas tentativas do MP de resolver o caso por meio de nova legislação, que nunca foram apresentadas pela Prefeitura e Piedade sob diversas alegações. Houve até a proposta de um Termo de Ajustamento de Conduta que nunca foi assinado. O MP também recomendou a exoneração dos funcionários, medida que nunca foi atendida pela prefeitura. Menino prende dedo em ralo metálico e é socorrido por bombeiros em Várzea Paulista Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM